quinta-feira, 20 de julho de 2017

"In the end"

Eu devia ter uns 14 ou 15 anos quando comecei a aprender o que era rock. A escola de rock para os adolescentes da época era a (falecida) MTV Brasil. Acompanhávamos os clipes e as notícias, alguns shows. Foi através de lá que conheci o Linkin Park. Eu adorava, meus amigos também. Fãs adolescentes, all star e camisetas pretas com estampas das bandas preferidas. Tive uma do Linkin Park. Lembro da alegria quando comprei meu primeiro CD do deles, o Live in texas. Um CD ao vivo que eu adorava e devo ter furado de tanto que ouvi. Adolescente fantasiosa, achava que o Mike Shinoda era o cara ideal, talvez tenha sido meu primeiro crush impossível rs. Mas eu me identificava mesmo era com Chester Bennington.
Lembro do quão impactada fiquei, quando em uma entrevista ele disse que havia sofrido abuso sexual quando era criança. Passado traumático, mas lá estava ele, o homem que havia declarado que já pensara em suicídio por causa do abuso: corajoso, gritando suas dores. Era assim que o via. O grito rasgado, cantando letras fortes, que para mim faziam todo sentido. Imaginava que as dores de Chester pareciam com as minhas e imaginava que assim como ele eu também poderiam resistir, nem que fosse gritando...

Numa luta contra drogas, álcool e traumas, Chester foi encontrado
hoje, morto em suas casa. Suicídio por enforcamento. #RipChester

Não sabemos quão profundas são as marcas de uma violência assim na vida e na alma de alguém.
De coração partido digo: vá para Deus, Chester. Você foi inspiração de coragem para mim, obrigada.


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